sábado

Após 15 anos, caso de raiva é confirmado em Campinas (SP)


A Vigilância Sanitária de Campinas confirmou o primeiro registro de gato morto por conta de raiva animal. Esse é o primeiro caso registrado em 15 anos. O animal foi encontrado em um bairro que faz limite com Sumaré, mas o local não foi indicado pela administração.

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, o animal foi encontrado vivo por uma mulher e levado para o Departamento de Bem-Estar Animal, onde morreu. Os veterinários suspeitaram que o animal poderia ter morrido por conta da doença.

O corpo foi enviado para o Instituto Pasteur. O resultado com a confirmação chegou anteontem na prefeitura, que iniciou uma operação de bloqueio. A partir dos próximos dias, agentes da Vigilância percorrerão a região onde o animal de rua foi encontrado para avaliar os demais animais.

A Prefeitura de Sumaré também foi orientada a fazer o mesmo procedimento. Além da verificação, médicos veterinários receberam um alerta para ficarem atentos a qualquer sintoma da raiva e orientar a Vigilância Sanitária imediatamente. As pessoas que tiveram contato com o gato de rua também devem passar por exames, já que a raiva pode ser transmitida para seres humanos.

A assessoria ressaltou que a raiva não tem cura e qualquer contato com animal contaminado é um risco muito grande.


O presidente do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais de Campinas, Flavio Lamas, apontou dois problemas principais no trabalho contra a doença: as vacinas, que há dois anos não tinham tanta qualidade, e animais que não foram imunizados. “É preciso uma atenção redobrada, porque nos últimos 15 anos não tivemos nenhum caso de raiva animal. Raiva humana não temos desde 1982 em São Paulo. Então, os serviços de saúde e bem-estar animal ficam em alerta. E nós, protetores, preocupados”, disse.

Os principais sintomas da doença nas pessoas e nos animais são a mudança de comportamento, a não alimentação, salivação excessiva e, nos seres humanos, especificamente, causa paralisia muscular e alucinação.

Nenhum comentário: