A gente sabe, você provavelmente já alimentou algum animal doméstico com pelo menos um item desta lista e nada aconteceu. Mas isso não quer dizer que estes alimentos façam bem. E não vale dizer que se rendeu aos olhos pidões. Nem tudo que seu animal doméstico cobiça faz bem para a saúde. Por isso, quando o assunto é evitar problemas com a balança, não é só na sua dieta que você deve estar de olho – a alimentação dos bichinhos também precisa de atenção. Para ajudar você a cuidar dos seus amigos peludos, listamos alguns alimentos que podem prejudicar a saúde de cães e gatos:
DocesQuem pensa que está fazendo um agrado ao bichinho ao lhe dar um doce nem imagina o mal que pode estar causando à saúde do animal. Os pequenos companheiros também podem ter graves problemas com a balança se abusarem de doces. Além de levar à obesidade, alimentos ricos em açúcar podem provocar cáries, tártaro e diabetes mellitus nos animais.
O assunto fica ainda mais sério quando o doce é feito de cacau. “O chocolate é tóxico para os animais, pois possui uma substância chamada teobromina, um alcalóide que os cães e os gatos não conseguem metabolizar e por isso se acumula no organismo atingindo rapidamente concentrações tóxicas”, explica a médica veterinária Manuela Fischer.
Estudos indicam que para causar um quadro grave de intoxicação são necessárias entre 100 e150 gramas de chocolate por quilo do animal – o que significa que, para sofrer intoxicação, um cão yorkshire de 3kg precisaria comer três barrinhas. Mas um pedacinho só também não é inofensivo: a metade de um “quadradinho” já seria o suficiente para causar taquicardia, excitação, espasmos musculares, vômitos e diarreia.
Restos de comida:
Se o animal é do tipo que ronda a mesa na hora das refeições e faz cara de pidão para ganhar os restinhos que sobram no prato, saiba que o melhor a se fazer é resistir aos charmes do peludo. Estes “lanchinhos” não só devem ser evitados, como não devem substituir a refeição principal.
As consequências de uma alimentação desbalanceada podem ser sérias: em logo prazo, a dieta desregrada pode causar desnutrição, anemia, deficiência de vitaminas e minerais, problemas de pele e pelagem, entre outros. Mas, caso você não queira alimentar o animal com rações já prontas, a comida caseira é sim uma opção. Neste caso, nada de restos: recomenda-se que seja procurada a orientação de um veterinário, que ajudará a montar o “cardápio” ideal.
Para preparar estas refeições é preciso tempo, precisão (uma balança deve ser usada para determinar a proporção ideal de alimentos) e dedicação – dá mais trabalho, mas o seu amiguinho agradece.
Suplementos alimentares e excesso de comida
Ao contrário do que se pode imaginar, cães de raças grandes não precisam de suplementação de vitaminas e minerais para crescerem fortes. Animais que consomem alimentos de qualidade já possuem todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento e o excesso de minerais só prejudica a saúde do animal em longo prazo.
Outro erro comum quando se trata de filhotes de cães pesos-pesados é a superalimentação: exagerar nas porções não só não colabora para o desenvolvimento do animal, como também pode acarretar problemas irreversíveis. “Ao contrário do que se pensa, esses filhotes devem ter a alimentação extremamente controlada para que o crescimento e o desenvolvimento sejam lentos o suficiente para evitar prejuízos às articulações. Bem alimentado é diferente de superalimentado.
Na primeira opção, os animais atingirão o crescimento máximo e terão saúde, já na segunda, eles também atingirão o crescimento máximo mas terão grandes chances de desenvolver problemas articulares graves, sem cura”, explica Fischer.
Dica
Para evitar que o animal exagere na comida o ideal é seguir a indicação nos rótulos das rações, que orientam sobre a quantidade aproximada que deve ser dada ao bichinho – lembrando também que essa porção deve ser dividida em pelo menos duas refeições diárias. Para escolher a melhor ração ou o alimento mais indicado para o seu bichinho o ideal é consultar um veterinário.
Apesar de apresentarem, em geral, necessidades nutricionais semelhantes, há bichinhos que fogem à regra e precisam de uma alimentação diferenciada. Além disso, idade, nível de atividades físicas e predisposição a doenças influenciam na escolha do melhor alimento.
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