Donos de animais estão assustados em Marília
(Foto: Reprodução / TV TEM)
A polícia investiga a morte de dezenas de gatos na zona norte de Marília (SP) e busca identificar os responsáveis. Moradores e tutores de animais domésticos estão assustados com a matança de gatos que tem acontecido no local desde o ano passado.
O porteiro Maicon Amaral perdeu dois gatos na última semana semana. Os dois animais apareceram mortos no quintal da casa dele. Maicon acredita que eles foram envenenados e está revoltado com a crueldade. “É triste. Nós pegamos os animais abandonados da rua, nos preocupamos em fazer a castração para não procriar e acontece isso. É lamentável. Acho que um ser humano desse não tem coração.”
A vendedora Giovana Naiara Martins mora na mesma rua que Maicon e na quinta-feira (17) também encontrou o gato dela morto. “Eu encontrei ele na calçada. Meu vizinho trouxe para eu ver quando eu acordei e ele estava com a boca cheia de sangue. Por isso achamos que foi envenenamento, porque ele estava muito sujo”.
Mais de 20 gatos mortos
Já no bairro Santa Antonieta, também na zona norte de Marília, os moradores contam que desde o ano passado 20 gatos já morreram na mesma rua. A estudante Suzane Fernandes Neves perdeu cinco animais esta semana. Ela encontrou um pedaço de frango envenenado no quintal de casa. Depois disso, Suzane registrou um boletim de ocorrência e diz que vai doar os quatro gatinhos que têm atualmente, antes que eles tenham o mesmo destino.
“Nós prendemos eles dentro de casa porque sabemos que se deixarmos soltos vão matar e aí nós soltamos de manhã. Mas eu estou doando os gatinhos porque não tem condições deles ficarem em casa, porque se não eles vão morrer”, acredita Suzane.
A polícia já está investigando a morte dos animais. Segundo o delegado Amarildo Aparecido Leal, com as provas coletadas é possível descobrir os responsáveis pelas mortes. Se alguém for identificado, pode pegar até um ano de prisão e ainda pagar uma multa de R$ 6 mil.
“É uma atividade lesiva ao meio ambiente o crime do envenenamento. Por parte da Polícia Civil, é instaurado um procedimento que é o termo circunstanciado com a colheita de provas. Em especial, um auto de exames feito por um médico veterinário e outras provas como imagens, provas testemunhais, etc”, explicou.
Os animais que morreram não passaram por exames para saber a causa da morte, mas a situação dos corpos deles indicam envenenamento criminoso, segundo a polícia. As fotos feitas dos corpos dos animais servirão de provas no inquérito policial.
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